Como saber se o cachorro está com dor? Confira as dicas!

Não tem tutor ou tutora que aguente ver seu filho de quatro patas choramingando, indicando algum incômodo. Ouvir seu cachorro chorando pode indicar problemas variados, inclusive dor em algum lugar do seu corpinho peludo.

Para identificar esse o problema quanto antes, preste atenção no comportamento do seu peludo. No post de hoje vou te dar 5 dicas que te ajudarão a identificar se o cachorro está com dor!

1- Mudanças de comportamento do seu cachorro

Vale o reforço para atenção às mudanças comportamentais do animal, considerando que a maioria dos desconfortos pelos quais ele pode estar passando terão reflexos diretos na sua atitude. Aqui é seu ponto de partida na tentativa de tentar entender seu cãozinho!

Um cachorro que sempre foi animado, reativo aos estímulos e brincadeiras, pode ter algum problema caso apresente uma apatia repentina. Ele também pode ser muito afetuoso, grudado, e, de repente, começar a se isolar com maior frequência.

Lembrando que essa atenção especial ao jeito que seu o seu cachorro está se comportando, por mais que possa trazer alguma boa indicação com nossas dicas, não substitui o diagnóstico de um profissional.

Na verdade, a ida ao veterinário deve ser o passo seguinte, caso fique claro que algo está realmente errado.

Graus diferentes de dor promovem comportamentos diferentes no seu cãozinho

Uma publicação do departamento de medicina veterinária da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) apoia a mudança comportamental como indicador de dor nos animais pequenos (cães e gatos). No estudo, os especialistas apontam que o comportamento pode até indicar diferentes níveis de dor:

A dor pode ser discreta quando facilmente tolerada, não levando a alterações comportamentais , moderada, quando o animal manifesta alterações comportamentais, ou intensa quando leva o paciente a vocalização constante, automutilação e comportamento totalmente anormal. [1]

Essas e outras alterações no comportamento podem ser o jeito do bichinho de tentar se preservar em meio ao incômodo, com a postura podendo se agravar caso o problema não seja devidamente identificado e, posteriormente, tratado.

2- Choro por dor ou outras possibilidades

Como já comentei, cachorros podem chorar por motivos variados. Por exemplo, tutores que adotaram um filho der quatro patas logo após seu nascimento se perguntam como fazer o filhote parar de chorar quando fica sozinho, contexto que passa muito mais por costume e aprendizado, do que por alguma dor.

É claro, que os mais crescidos também fazem sua manha quando querem alguma coisa em específico ou simplesmente a sua atenção. Nesses casos mais claros de problemas comportamentais, o adestramento pode ser a resposta.

No nosso blog, você também pode conferir quando e como começar a adestrar os pets, separei dicas práticas em um conteúdo super valioso!

Trabalhando questões principalmente ligadas ao stress e à ansiedade por parte do bichinho, você desenvolve com ele aspectos de respeito e confiança enquanto reforçam seus laços!

Um simples toque já pode ajudar a diferenciar as situações

Agora, se você identificar que o cachorro reclama ao ser tocado em algum ponto específico, ou então o choro vem quando ele realiza algum movimento específico — corrida, salto e afins — você pode considerar alguma dor mais localizada, geralmente ligada a incômodos nas articulações, ligamentos, músculos ou ossos.

Questões dessa natureza podem ir de uma queda de mal jeito em meio às brincadeiras, até fatores mais ligados aos aspectos biológicos do animal, como idade, porte físico e histórico da raça com dores desse tipo. De qualquer forma, já vale a observação e uma ida ao veterinário.

3- Posições diferentes do comum que indicam incômodo

Nem sempre os bichinhos vão “verbalizar” suas dores ou mudar completamente seu comportamento diário. Buscando algum tipo de alívio e conforto momentâneo, os cachorros podem adotar e manter poses diferentes dos clássicos senta, deita ou anda por aí.

Um andar diferente do seu animalzinho, seja mancando (indicando um problema na pata em questão) ou mais arqueado (incômodo nas costas ou coluna), já serve de alerta.

De pé ou deitado, ele pode também tomar um posicionamento diferente ao evitar encostar alguma parte do corpo no chão, como a barriga.

No último exemplo, em específico, vale uma atenção especial. Existem casos em que a suposta dor na região da barriga pode ser interna, envolvendo estômago, intestino e afins.

Se os outros casos seriam solucionados com fisioterapia e afins, este último exigiria um tratamento das vias gastrointestinais.

4- Mudanças na alimentação

Independentemente das diferenças de porte, raça e, consequentemente, quantidade de ração consumida por dia, fato é que um cachorro saudável se alimenta muito bem.

Logo, se o bichinho mal está comendo aquela ração que ele adora, é possível que ele esteja com dores. O caso da alimentação também podem trazer problemas internos ou externos.

A dor pode ser na mandíbula ou nos dentes, impedindo que a mastigação seja feita de maneira indolor, ou então algum problema na via digestiva, capaz de incomodar o peludo no caminho que a comida passa pelo seu corpo.

5- Sinais de irritação no corpo

Coceiras e irritações corpo à fora, apesar de não serem ideais, são relativamente mais comuns. A depender das atividades e do ambiente onde o cachorro habita, uma pausa na programação para coçar alguma extremidade não é motivo de pânico!

Mas assim como destacado nos outros pontos, o problema começa quando os sinais de irritação são excessivos e acompanhados de choro. Usar as patas para coçar olhos, orelha ou alguma outra parte em excesso indicam por si só que algo está errado por ali.

Só que caso o problema persista e não seja efetivamente tratado e o motivo da dor não seja aliviado, o quadro pode evoluir para propiciar feridas mais graves ou até automutilação, conforme apresentado pelos especialistas da URFPE.

Atenção também às lambidas, que apesar de serem fisicamente menos agressivas, não só servem para indicar pontos com algo de errado, como em casos de machucados, pode atrapalhar o processo de cicatrização.

Você conferiu no blog Líder da Matilha diversas dicas para entender quando seu cachorro está com dor, indo além de sinais “simples”, como irritação e machucados na pele.

É possível identificar também os incômodos por mudanças bruscas no seu comportamento, seja referente à postura física ou temperamental do bichinho – reconhecendo também as questões que podem ser corrigidas com adestramento e a ajuda acessórios para diminuir a ansiedade do cachorro.

Tudo isso para que você identifique que algo está errado o quanto antes e busque a ajuda de um médico veterinário, que é quem vai dar o diagnóstico mais preciso e encaminhar a solução para as dores do seu peludo!

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Até a próxima!

Referência:

Aleixo, G., Tudury, E., Coelho, M., Andrade, L., & Bessa, A. (2017). Tratamento da dor em pequenos animais: fisiopatologia e reconhecimento da dor (revisão de literatura: parte I). Medicina Veterinária (UFRPE), 10(1-4), 19–24. Recuperado de https://journals.ufrpe.br/index.php/medicinaveterinaria/article/view/1344

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